Livro: O Hobbit / Autor: J.R.R. Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes / Número de páginas: 299
“O
Mundo está dividido entre aqueles que já leram O Hobbit e O Senhor dos Anéis e
aqueles que ainda não leram.” (The Sunday Times).
Bilbo Bolseiro é um Hobbit que leva uma vida confortável e sem
ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas
seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões
batem à sua porta e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar
o tesouro guardado por Smaug, o Magnífico, um grande e perigoso dragão. Bilbo
reluta muito em participar da aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo
com sua esperteza e sua habilidade como ladrão.
A leitura de O Hobbit é bem tranquila, possui uma linguagem
simples, leve e direta (apesar de ser predominantemente descritivo) que te
prende do início ao fim. Quando eu li os livros de LOTR (Lord of The Rings)
pela primeira vez, apesar de ser fanático, eu levei média de dois a três meses
para cada um. Já O Hobbit durou uma semana e meia, e olha que eu só lia
enquanto eu estava no ônibus para a faculdade, média de 25 min de leitura. Não
sou um mutante da leitura, como a Letícia (Quero Ser Bookaholic) que se
der mole, lê esse livro em algumas horas hahahaha.
Outra coisa que eu achei bem legal, que difere bastante de LOTR,
é a forma dos diálogos, Tolkien escreveu de uma forma bem legal, meio que
contando a história para o leitor, tipo uma carta para um velho amigo, por
exemplo: “Você deve lembrar quando eu disse…” criando uma proximidade maior com
quem está lendo. As descrições dos cenários e das batalhas alimentam a mente do
leitor, J.R.R. as fez de um jeito mais dinâmico, diferente de Eragon do
Christopher Paolini (Eu tentei ler... um dia eu consigo...).
Podemos notar elementos bem infantis como as capas dos anões (O
autor faz questão de mostrar que elas possuíam cores diferentes), a parte dos
três trolls, Tom, Bert e Willian (nomes bem assustadores para trolls!), a
“festa” na casa do Sr. Bolseiro e etc. Justificando o que eu ouvi em algum
lugar, que Tolkien escreveu esse livro para os seus filhos.
Sobre a história, não vou revelar nada... Posso dizer que é
recheada de ação, e toma um rumo que eu não esperava, dá muita vontade de
contar tudo hahaahaha, só que não serei maldoso. Uma parte muito legal é quando
o Bilbo encontra o Gollun, lá explica como o anel foi parar nas mãos do hobbit,
e você também entende melhor o ódio do Smeagol em relação aos hobbits em O
Senhor Dos Anéis.
Gosto muito do Bilbo Bolseiro, tudo bem que ele fica reclamando
, falando que queria estar em sua toca hobbit e tal, mas, felizmente, para
nossa alegria e para sorte dos anões, a parte Tûk (sim, que nem o Peregrin ou
Pinpin de O Senhor dos Anéis) sempre fala mais alto que sua parte Bolseiro.
Bilbo é Tûk por parte da mãe, Beladona, e Bolseiro por parte de pai, Bungo. Ele
tem uma grande evolução durante o decorrer das aventuras, ganhando um novo
nível de competência, sabedoria e maturidade, tornando-se fundamental nessa
jornada.
Um dos motivos que eu amei O Hobbit é o fato de dar uma ênfase maior nos Anões (Na minha opinião, são os seres mais legais dos livros de Tolkien).Eu nunca consigo gravar o nome de todos os treze, Thorin, Balin, Dwalin, Kili, Fili, Dori, Nori, Ori, Bifur, Bombur, Bofur, Gloin (pai do Gimli de O Senhor dos Anéis) e o que eu sempre esqueço, Oin. Ok são vários anões, mas ainda assim, o Gimli é melhor que todos.
Sobre
Gandalf... Apesar de ser fodão, ele é um maluco irresponsável. Tipo, o Bilbo
encontra um anel mágico, e ele simplesmente ignora isso! Como assim cara?! É um
anel mágico! Acho que em O Senhor dos Anéis ele deve ter pensado: que MERDA
que eu fiz!
Tolkien deixa uma mensagem clara e bem conhecida por todos, nunca julgue alguém
pela sua aparência. É isso ai, quem leu O Hobbit sabe o
quão legal é e para quem não leu... Por que você ainda não leu?!
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